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10 CUIDADOS AMBIENTAIS AO PLANEJAR UM NEGÓCIO

GESTÃO AMBIENTAL DE EMPRESAS

10 CUIDADOS AMBIENTAIS AO PLANEJAR UM NEGÓCIO

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O acesso a um meio ambiente equilibrado é um direito de todos, que está assegurado pelo Art. 225 da Constituição Federal. É dever do poder público e da coletividade defender e preservar um ambiente saudável, de uso comum do povo, contribuindo dessa forma para a qualidade de vida das atuais e futuras gerações.

Dito isto, ressalta-se a importância da preservação do ambiente, tanto no âmbito pessoal como no coorporativo. A cada dia, as empresas são mais cobradas pela sociedade e por seus clientes a buscar a responsabilidade ambiental e a sustentabilidade de seu negócio.

Além disso, agir e pensar de forma sustentável, preocupando-se com os impactos ambientais do seu empreendimento pode surtir efeitos positivos em termos de se alcançar sucesso e competitividade em um mercado cada vez mais exigente quando se trata da preservação do meio ambiente.

Por isso, separamos no post de hoje 10 dicas que podem ser muito úteis ao pensar e planejar um novo empreendimento:

1. Conhecer e cumprir com os requisitos legais ambientais aplicáveis

Estar em acordo com as exigências legais é, sem dúvidas, o primeiro cuidado ambiental que qualquer empreendedor deve tomar. Antes mesmo de serem iniciadas as operações, o empreendedor deve buscar se regularizar através da obtenção das licenças e demais regularizações necessárias.

Existem diversas regularizações que podem ser necessárias a um empreendimento, a primeira delas é o licenciamento ambiental, nele o órgão ambiental irá avaliar a viabilidade da localização e operação das atividades pretendidas.

Outros requisitos legais ambientais também são importantes e podem ser necessárias para seu empreendimento, como a inscrição da atividade no Cadastro Técnico Federal do IBAMA, ou ainda licenças específicas, como da ANVISA e obtenção de Outorgas do Uso de Água.

Para saber quais as regularizações são necessárias para seu empreendimento, é sempre importante contratar um profissional ou uma consultoria especializada.

2. Fazer escolhas conscientes

Além de estar dentro da lei, outras questões possuem igual importância no que se refere à sustentabilidade de um empreendimento, tais como a localização, os móveis e equipamentos que serão adquiridos.

Opte, sempre que possível, por estar o mais próximo de seus clientes, isso facilita o deslocamento.

Adquirir moveis e equipamentos de fontes ambientalmente responsáveis é outra maneira de corroborar para a sustentabilidade de seu negócio. Para saber se seus fornecedores estão comprometidos com as causas ambientais pergunte se estão em dia com suas obrigatoriedades legais, se possuem selos ou certificações, busque sempre conhecer seus fornecedores e quais são seus princípios e valores.

Faça escolhas conscientes e valorize o uso de materiais reciclados ou produtos certificados.

3. Realizar a gestão de emissão de gases de efeito estufa

Fazer a gestão de gases de efeito estufa (GEE) muitas vezes vai além de saber o quanto você emite e neutralizar as emissões desses gases com ações de compensação. É também, conhecer o negócio e entender onde melhorar seus processos para diminuir suas emissões.

Algumas ações como substituição de fontes de energias não-renováveis por renováveis ou da otimização de processos e manipulação de produtos que geram muitas emissões, podem ser muito efetivas e em alguns casos gerar trazer até mesmo retornos financeiros. Além, é claro, de contribuir diretamente para a mitigação do efeito desses gases sobre as mudanças climáticas.

O inventário de emissão de gases de efeito estufa é a principal ferramenta de diagnóstico de uma empresa, possibilitando entender as fontes de emissão para posteriormente colocar em prática os planos de ação aplicáveis.

4. Implementar hábitos paperless

Diminuir a quantidade de impressões pode ir muito além da economia de recursos, como papel, tinta e energia, gera maior praticidade e agilidade nos processos também.

Atualmente existem inúmeras tecnologias que podem facilitar os procedimentos do seu negócio, tais como armazenamentos em nuvens e assinaturas eletrônicas, que permitem que muitos documentos que antes precisariam ser impressos agora possam ser acessados apenas de forma digital.

Por isso, só imprima aquilo que for realmente necessário!

5. Reaproveitar, reutilizar, reduzir e reciclar

Além de diminuir o consumo de recursos, reaproveitar, reutilizar e reduzir insumos e recursos deve ser uma prática constante na rotina de um empreendimento que busca a responsabilidade ambiental.

Ademais, os geradores de resíduos sólidos devem elaborar o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), conforme determina a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) elaborada através da Lei 12.305/2010.

O PGRS é um documento técnico que identifica a quantidade de geração de cada tipo de resíduo e indica as formas corretas para manejo, acondicionamento, transporte, tratamento, reciclagem, destinação e disposição final desses resíduos.

Outro instrumento trazido pela PNRS é a logística reversa, aplicado para o desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu clico ou em outros ciclos produtivos, ou para a destinação adequada.

6. Buscar matérias-primas de fornecedores responsáveis

A produção de bens envolve a exploração de recursos naturais, por isso, conhecer seus fornecedores e saber de onde os recursos e matérias-primas utilizadas em seu negócio vem é uma essencial para entender o impacto que seu empreendimento causa.

Uma forma muito eficiente de saber sobre a responsabilidade ambiental de seus fornecedores é saber sobre a adesão e obtenção de certificações. A certificação FSC, por exemplo, é bastante conhecida, a sigla do inglês Foresty Stewardshio Council significa Conselho de Manejo Florestal e busca contribuir para identificar empresas que fazem uso adequado dos recursos naturais.

Optar por fornecedores responsáveis social e ambientalmente é uma forma muito efetiva de contribuir para um ambiente mais equilibrado e justo.

7. Incentivar colaboradores a optarem por transporte mais sustentável

“O exemplo deve vir de cima”. Essa frase pode parecer um chavão, mas nesse contexto é muito bem aplicada. Quando a alta gerência opta por hábitos mais sustentáveis, isso incentiva a todos os colaboradores repensarem suas atitudes.

Preferir os transportes coletivos ou dividir o transporte com colegas que moram próximo, pode ser uma ótima opção para gerar menos impacto, além de economia.

8. Reportar informações de forma transparente

Uma empresa que busca trabalhar de forma sustentável deve estar sempre atenta ao impacto social causado por suas atividades, por isso é primordial que exista transparência na relação com todos os stakeholders.

Ao reportar os dados e resultados de forma transparente a empresa transmite maior confiança e com isso maiores são as chances de conquistar clientes fidelizados.

Uma ferramenta cada vez mais utilizada pelas empresas para reportar informações referente às atividades de forma transparente são os Relatórios de Sustentabilidade, utilizada para apresentar seus indicadores sociais, econômicos e ambientais com transparência. A principal metodologia criada para esse reporte é o GRI (Confira nosso post “Relatórios de Sustentabilidade e a Norma GRI).

 

9. Treinar lideranças e colaboradores

Os colaboradores são a imagem de um empreendimento, são eles quem representam o negócio diante do público. Por isso, é muito importante que todos estejam alinhados com os valores e princípios da empresa e que as lideranças saibam repassar isso para suas equipes.

Os gestores precisam estar convencidos sobre a efetividade e os retornos trazidos pelas ações sustentáveis realizadas pela instituição de que fazem parte.

10. Optar por parceiros com os mesmos princípios

Se os colaboradores refletem aquilo que seu negócio é, com os parceiros não é diferente. Por isso, na hora de escolher seus parceiros, tenha sempre em mente que eles devem estar alinhados com os valores e princípios de sua empresa.

Com essas dicas, sua empresa conseguirá ter uma imagem muito mais positiva diante de seus clientes e do mercado! Assim, irá agregar muito mais valor aos seus produtos e uma maior competitividade!

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RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE E AS NORMAS GRI

Transparência corporativa

RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE E AS NORMAS GRI

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Você sabe qual é a importância dos relatórios de sustentabilidade? E o que é esse tal de GRI? Neste post vamos explicar direitinho por que se ouve falar tanto sobre isso.

Como surgiram os relatórios de sustentabilidade?

Historicamente existem três tipos diferentes de relatórios de sustentabilidade (Campo, 2013):

  • Relatórios Sociais: originados na década de 1970, a partir das demandas por balanços sociais nas atividades das organizações;
  • Relatórios Ambientais: com origem no fim dos anos de 1980 e voltados às questões ambientais, podendo incluir ainda aspectos relativos à saúde e à segurança;
  • Relatórios Anuais: que tendem, desde a metade da década de 1990, a incluir informações quanto aos aspectos éticos, sociais e ambientais das atividades da organização.

Foi na Conferência Eco 92 que alguns princípios sobre desenvolvimento sustentável foram apontados, inclusive a criação de ferramentas para que as empresas conseguissem incorporar a perspectiva ambiental em sua gestão, o que incentivou uma discussão de como incluir a sustentabilidade nos negócios.

No contexto internacional, na cidade de Boston alguns ativistas ambientais, que atuavam na área de finanças, começaram a buscar caminhos para incorporar a questão da sustentabilidade em seus investimentos. Eles queriam conseguir analisar, além dos resultados econômicos, também as questões ambientais e sociais (devido principalmente a acidentes que ocorreram com empresas petrolíferas). Assim, tendo como base os relatórios financeiros, surgiu a ideia de incluir neste mesmo relatório as outras dimensões (ambiental e social) para que a empresa pudesse, então, incorporar na sua gestão as questões de sustentabilidade. Foi neste caminho que algumas grandes corporações, principalmente as de maior impacto, começaram a desenvolver metodologias próprias de relatórios.

A Rio+20 incorporou o princípio de que a transparência corporativa é o pilar do desenvolvimento sustentável e ressaltou a importância dos relatórios de sustentabilidade.

Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.

Para garantir que as informações inseridas nos relatórios sejam seguras e que sigam determinados critérios, foram criadas algumas metodologias. A principal delas foi desenvolvida pela Global Reporting Initiative (GRI), a qual surgiu em 1997, e é composta de indicadores e diretrizes que norteiam a elaboração dos relatórios e garantem transparência ao seu resultado final. Assim, o formato e o conteúdo dos Relatórios de Sustentabilidade evoluíram de acordo com as tendências de mercado e foram adaptados, por muitas empresas, ao padrão estabelecido pela Global Reporting Initiative (GRI).

Então, o que são relatórios de sustentabilidade?

Relatório de Sustentabilidade é uma ferramenta utilizada pelas empresas para apresentar seus indicadores sociais, econômicos e ambientais com transparência. Relatar sobre a sustentabilidade é a prática de tornar pública as informações sobre os impactos econômicos, ambientais e sociais, e, portanto, suas contribuições positivas e negativas para o desenvolvimento sustentável.

O GRI é uma metodologia criada para aprimorar o Relatório, incentivar melhores práticas e estabelecer um padrão de divulgação das informações. Um Relatório de Sustentabilidade no padrão GRI permite que a organização defina suas expectativas de desenvolvimento sustentável internas e externas, envolvendo todos os seus stakeholders.

A partir da análise e do alinhamento dos indicadores que a empresa definir como mais relevantes para o seu desenvolvimento, então inicia-se o planejamento dos projetos e programas a curto, médio e longo prazo, com mais foco e eficiência do que provavelmente seria possível sem o padrão GRI. Todo esse processo de implementação de ações deve ser mantido em constante monitoramento para que se possam aferir os resultados.

Essa prática está se tornando extremamente importante para empresas se manterem transparentes a seus stakeholders, mostrarem seu diferencial perante concorrentes e sobreviverem no mercado, e é por isso que é utilizada pelas maiores empresas do mundo.

Qual a relevância dos relatórios de sustentabilidade e que efeito eles têm sobre a sociedade?

Um número crescente de empresas tem percebido os benefícios da adesão a este tipo de relatório, que promove maior transparência e integridade sobre o desempenho de sustentabilidade das organizações, tornando-se uma importante ferramenta para aproximar as empresas a seus stakeholders e ao meio ambiente.

A adesão a estes relatórios é voluntária e tem por objetivos:

  • Apoiar e facilitar a gestão das questões de sustentabilidade das empresas de maneira sistemática;
  • Divulgar os riscos e oportunidades; e construir uma reputação corporativa mais transparente.

Estas informações também podem servir às demandas crescentes da sociedade e, principalmente, como resposta às cobranças dos stakeholders para que as empresas explicitem suas ações de responsabilidade socioambientais e atuações no ambiente em que estão inseridas.

As normas GRI

O modelo GRI têm tido cada vez mais importância para a elaboração de relatórios, ao estabelecer princípios essenciais sobre o desempenho econômico, ambiental e social de uma organização. Sua estrutura está centrada em dois pontos: comparabilidade, que objetiva apresentar um conteúdo paralelo aos relatórios financeiros; e flexibilidade, ao considerar e acomodar as diferenças legítimas entre organizações e setores econômicos.

Diferentes versões das normas GRI foram criadas e melhoradas ao longo do tempo. A versão G1 foi publicada em 2000, a versão G2 em 2002, a G3 em 2006, a G3.1 em 2011, a geração G4 em 2013 e, a última e final versão das normas conhecida como “GRI Standards” foi publicada em 2016.

História do GRI - Global Standard Iniciative.

A atual e final versão do GRI é composta por três normas universais (universal standards), além de outras normas complementares direcionadas aos tópicos específicos.

Estrutura do método GRI.

A GRI 101 – Fundamentos, inclui os dez princípios de relato, os quais são os requisitos básicos para utilizar as Normas GRI nos relatórios de sustentabilidade, além de informações sobre como usar e se referenciar nas Normas. Consiste em conteúdos organizados em três seções:

  • Apresentação dos dez princípios para relato;
  • Explicação do processo básico de como se preparar um relatório de sustentabilidade utilizando-se as Normas GRI;
  • Definição das formas específicas que as Normas GRI podem ser usadas e referenciadas.

A GRI 102 – Conteúdo Geral, cobre as informações de contextualização sobre a organização e suas práticas de relato de sustentabilidade. Consiste em conteúdos organizados em seis seções:

  • Perfil Organizacional;
  • Estratégia;
  • Ética e Integridade;
  • Governança;
  • Engajamento de Stakeholders;
  • Práticas de Relato.

A GRI 103 – Abordagem de Gestão, inclui a abordagem de gestão da organização para cada tópico material. Consiste em conteúdos organizados em três seções:

  • Explicação do tópico material e seus limites;
  • Abordagem de gestão e seus componentes;
  • Avaliação da abordagem de gestão.

Além disso, existem vários tópicos específicos das Normas, organizados em três séries:

  • Tópicos Econômicos (Série 200), os quais incluem as Normas relacionadas ao eixo econômico como, por exemplo, a performance econômica e anticorrupção.
  • Tópicos Ambientais (Série 300), os quais incluem as Normas relacionadas ao eixo ambiental como, por exemplo, energia, água e emissões.
  • Tópicos Sociais (Série 400), os quais incluem as Normas relacionadas ao eixo social como, por exemplo, diversidade, trabalho infantil, trabalho forçado e políticas públicas.

 

As normas GRI possuem uma estrutura modular, podem ser utilizadas em conjunto ou individualmente, possuem conteúdo organizado em requerimentos, recomendações e orientações, inclui um conjunto de “princípios para relato” para orientar a qualidade do conteúdo, e exige que as organizações identifiquem e relatem tópicos relevantes.

 

A Soluta possui uma equipe com certificação nas Normas GRI, qualificada em sustentabilidade e realiza diversos serviços relacionados ao tema, como relatórios de sustentabilidade, auditorias, inventário de emissões e outros. Para mais informações, entre em contato!

Continue curioso! Confira alguns materiais extras!

Referências utilizadas neste texto:

Global Reporting Iniciative (GRI)

Campos, 2013. Relatório de sustentabilidade: perfil das organizações brasileiras e estrangeiras segundo o padrão da Global Reporting Initiative.

BSD Consulting

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